E assim lá vamos nós a inaugurar a época da lareira, das mantinhas nos sofás, das comidas de forno, dos chás e do chocolate quente... Que venha o frio!
16 novembro, 2019
14 novembro, 2019
Mães...
Aqui há muitos anos, numa colónia de gatos que se formou no meu jardim, apareceram duas gatinhas que baptizei de Doce e Morgana.
A Morgana era gata aventureira e rebelde, nada dada às alegrias e desvelos da maternidade, como tal não tinha qualquer pudor em deixar as crias que paria aos cuidados da irmã, essa sim mãe extremosa, que não fazia qualquer distinção entre os seus filhos e os sobrinhos. Assim foi durante alguns anos, a Doce sempre a cuidar da prole, dela e da irmã, até ao dia em que, por um infortúnio culinário, esta mamã adorável morreu envenenada com especiarias indianas, ao roubar comida de um prato esquecido em cima da mesa... Nas semanas seguintes a Morgana bem chamou pela irmã, a barriguinha a crescer, o parto a chegar... Foi numa noite gélida de Janeiro que ela pariu à minha porta, no meu tapete, onde ela sabia que alguém lhe havia de valer, onde sabia que lhe cuidariam dos filhos... Não os largou no meio do mato, em nenhum buraco escondido, em nenhuma lixeira... Uma simples gatinha soube procurar onde havia ajuda!
Um desses bebés é o meu BudaPeste, criado por mim desde o primeiro dia, a biberão e mil cuidados. Quanto à mãe, a independente Morgana, depois desta última aventura, acalmou, começou a cuidar dos seus bebés, a dar-se mais a carinhos humanos e por aqui ficou até ao seu último dia.
Uma história verdadeira que me dá resposta a algumas questões humanas...
A Morgana era gata aventureira e rebelde, nada dada às alegrias e desvelos da maternidade, como tal não tinha qualquer pudor em deixar as crias que paria aos cuidados da irmã, essa sim mãe extremosa, que não fazia qualquer distinção entre os seus filhos e os sobrinhos. Assim foi durante alguns anos, a Doce sempre a cuidar da prole, dela e da irmã, até ao dia em que, por um infortúnio culinário, esta mamã adorável morreu envenenada com especiarias indianas, ao roubar comida de um prato esquecido em cima da mesa... Nas semanas seguintes a Morgana bem chamou pela irmã, a barriguinha a crescer, o parto a chegar... Foi numa noite gélida de Janeiro que ela pariu à minha porta, no meu tapete, onde ela sabia que alguém lhe havia de valer, onde sabia que lhe cuidariam dos filhos... Não os largou no meio do mato, em nenhum buraco escondido, em nenhuma lixeira... Uma simples gatinha soube procurar onde havia ajuda!
Um desses bebés é o meu BudaPeste, criado por mim desde o primeiro dia, a biberão e mil cuidados. Quanto à mãe, a independente Morgana, depois desta última aventura, acalmou, começou a cuidar dos seus bebés, a dar-se mais a carinhos humanos e por aqui ficou até ao seu último dia.
Uma história verdadeira que me dá resposta a algumas questões humanas...
10 novembro, 2019
Por falar em chuva... à conta da Rakiel D'O.
Andava eu a cuscar o blog da Rakiel, a comentar este e aquele post e, de repente, deu-me umas saudades danadas de escrever no meu pobre blog abandonado... Então resolvi responder por aqui a este post. Vamos a isto!
Eu tenho assim uma mistura de amor e ódio pela chuva...
Primeiro que tudo, eu sou mesmo um bichinho de Verão! Gosto de calor, de sol, de céu azul, de brisas suaves, roupas leves, pés descalços, relva fresca, areia entre os dedos, sinfonias de grilos e cigarras, do cheiro a caruma e resina dos pinheiros, a maresia e do marulhar das ondas na praia... Posto isto: Eu até gosto da chuva, adoro aquelas chuvadas de Verão, recordo aquelas molhas brutais misturadas com correrias e gargalhadas e fugas de bicicleta para casa, na infância. Mais tarde, os beijos à chuva, alheados de quem passava em passo acelarado para se abrigar. Gosto do cheiro a terra molhada. Gosto da frescura do jardim a seguir, dos arco-íris que por vezes surgem. Gosto de ouvir o barulhinho nas janelas e no telhado...
Agora entra em acção o meu lado adulto, o que lixa tudo, a parte mau-feitio: detesto esta chatice de não poder abrir as janelas de casa, de não poder estender a roupa ao sol, de ter a casa toda patinhada, de andar na rua à luta entre guarda-chuva, mala, sacos de compras e o diabo-a-sete, de ficar encharcada e sem hipótese de ir para casa tomar um bom banho quente e vestir roupa seca, principalmente quando a chuva está a par de vento forte e gelado. Nessa altura só me apetece trancar em casa, acender a lareira e ficar na toca até chegar a Primavera!
Eu tenho assim uma mistura de amor e ódio pela chuva...
Primeiro que tudo, eu sou mesmo um bichinho de Verão! Gosto de calor, de sol, de céu azul, de brisas suaves, roupas leves, pés descalços, relva fresca, areia entre os dedos, sinfonias de grilos e cigarras, do cheiro a caruma e resina dos pinheiros, a maresia e do marulhar das ondas na praia... Posto isto: Eu até gosto da chuva, adoro aquelas chuvadas de Verão, recordo aquelas molhas brutais misturadas com correrias e gargalhadas e fugas de bicicleta para casa, na infância. Mais tarde, os beijos à chuva, alheados de quem passava em passo acelarado para se abrigar. Gosto do cheiro a terra molhada. Gosto da frescura do jardim a seguir, dos arco-íris que por vezes surgem. Gosto de ouvir o barulhinho nas janelas e no telhado...
Agora entra em acção o meu lado adulto, o que lixa tudo, a parte mau-feitio: detesto esta chatice de não poder abrir as janelas de casa, de não poder estender a roupa ao sol, de ter a casa toda patinhada, de andar na rua à luta entre guarda-chuva, mala, sacos de compras e o diabo-a-sete, de ficar encharcada e sem hipótese de ir para casa tomar um bom banho quente e vestir roupa seca, principalmente quando a chuva está a par de vento forte e gelado. Nessa altura só me apetece trancar em casa, acender a lareira e ficar na toca até chegar a Primavera!
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