24 dezembro, 2019

Natal na cozinha...

Nesta altura do ano, o tempo na cozinha é sagrado, passado e partilhado em família, em que vou passando o que a minha mãe me ensinou em pequenina e no meio da azáfama ou da calmaria, surgem memórias tão vivas, como se a minha mãe ali estivesse de novo de volta da massa, dos tachos, com aquela gargalhada deliciosa e pronta, corada de alegria e do calor da cozinha, como se de novo o meu pai ali andasse a rondar a tentar roubar um docinho ou rapar um tacho, como se fosse um gaiato... E no meio destes meus fantasmas eu sou feliz!


14 dezembro, 2019

Um bolo de aniversário diferente...



A Sara não gosta de bolos de aniversário convencionais, daqueles de pastelaria, com coberturas de pasta de açúcar, massapão ou cremes com ar artificial, quase tudo demasiado doce e enjoativo. Em compensação adora bolinhos caseiros, de preferência feitos pela mãe (apesar de que ela tem imenso jeito para bolos e doces em geral). Portanto, desencantei uma receita diferente, meti mãos à obra e lá saiu este bolo, pouco doce, de textura suave e que fez as delícias de quem o provou.


23 anos...

Passaram 23 anos, estás uma mulher, mas sempre com um sorriso de menina e muitos sonhos no olhar. Olho para ti e apenas te desejo uma coisa: Que sejas muito, muito feliz!
Parabéns Sara!

 
     







13 dezembro, 2019

Sexta feira 13, de lua cheia...

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Exactamente há 23 anos, numa sexta feira 13, de lua cheia, a minha bebé deu sinal de que queria vir ao mundo. Foram muitas horas à espera e acabou por só nascer de cesariana no sábado à noite, às 20.02h.
Hoje, de novo sexta feira 13 e de novo a lua cheia presente, tornam a data ainda mais especial. Até o céu carregado, prometendo chuva valente é igual!

Agora, depois desta viagem pela memória, é hora de começar a tratar do bolo com que lhe vamos cantar os parabéns depois da meia-noite. Sigam os preparativos para o aniversário da Sara!


11 dezembro, 2019

Jantarinho de hoje

Uma das minhas melhores ajudantes na cozinha é a slow cooker, que tanto tempo me poupa e que faz pratos saborosíssimos! Mas, por incrível que pareça, há pouquíssimas receitas em português (salva-me a Joana Roque com o seu fantástico blog As Minhas Receitas), como tal, volta e meia lá ando eu a "cuscar" sites de culinária americanos. Há uns dias esta receita despertou-me a atenção pela sua simplicidade e aspecto guloso, guardei o link e hoje é dia de experimentar. As salsichas já estão na panelinha, mais logo é só fazer um puré de batata e uma salada e já está!

16 novembro, 2019

E lá vamos nós...


E assim lá vamos nós a inaugurar a época da lareira, das mantinhas nos sofás, das comidas de forno, dos chás e do chocolate quente... Que venha o frio!

14 novembro, 2019

Mães...

Aqui há muitos anos, numa colónia de gatos que se formou no meu jardim, apareceram duas gatinhas que baptizei de Doce e Morgana.
A Morgana era gata aventureira e rebelde, nada dada às alegrias e desvelos da maternidade, como tal não tinha qualquer pudor em deixar as crias que paria aos cuidados da irmã, essa sim mãe extremosa, que não fazia qualquer distinção entre os seus filhos e os sobrinhos. Assim foi durante alguns anos, a Doce sempre a cuidar da prole, dela e da irmã, até ao dia em que, por um infortúnio culinário, esta mamã adorável morreu envenenada com especiarias indianas, ao roubar comida de um prato esquecido em cima da mesa... Nas semanas seguintes a Morgana bem chamou pela irmã, a barriguinha a crescer, o parto a chegar... Foi numa noite gélida de Janeiro que ela pariu à minha porta, no meu tapete, onde ela sabia que alguém lhe havia de valer, onde sabia que lhe cuidariam dos filhos... Não os largou no meio do mato, em nenhum buraco escondido, em nenhuma lixeira... Uma simples gatinha soube procurar onde havia ajuda!
Um desses bebés é o meu BudaPeste, criado por mim desde o primeiro dia, a biberão e mil cuidados. Quanto à mãe, a independente Morgana, depois desta última aventura, acalmou, começou a cuidar dos seus bebés, a dar-se mais a carinhos humanos e por aqui ficou até ao seu último dia.
Uma história verdadeira que me dá resposta a algumas questões humanas...

10 novembro, 2019

Por falar em chuva... à conta da Rakiel D'O.

Andava eu a cuscar o blog da Rakiel, a comentar este e aquele post e, de repente, deu-me umas saudades danadas de escrever no meu pobre blog abandonado... Então resolvi responder por aqui a este post. Vamos a isto!


Eu tenho assim uma mistura de amor e ódio pela chuva...
Primeiro que tudo, eu sou mesmo um bichinho de Verão! Gosto de calor, de sol, de céu azul, de brisas suaves, roupas leves, pés descalços, relva fresca, areia entre os dedos, sinfonias de grilos e cigarras, do cheiro a caruma e resina dos pinheiros, a maresia e do marulhar das ondas na praia...  Posto isto: Eu até gosto da chuva, adoro aquelas chuvadas de Verão,  recordo aquelas molhas brutais misturadas com correrias e gargalhadas e fugas de bicicleta para casa, na infância. Mais tarde, os beijos à chuva, alheados de quem passava em passo acelarado para se abrigar. Gosto do cheiro a terra molhada. Gosto da frescura do jardim a seguir, dos arco-íris que por vezes surgem. Gosto de ouvir o barulhinho nas janelas e no telhado...
Agora entra em acção o meu lado adulto, o que lixa tudo, a parte mau-feitio: detesto esta chatice de não poder abrir as janelas de casa, de não poder estender a roupa ao sol, de ter a casa toda patinhada, de andar na rua à luta entre guarda-chuva, mala, sacos de compras e o diabo-a-sete, de ficar encharcada e sem hipótese de ir para casa tomar um bom banho quente e vestir roupa seca, principalmente quando a chuva está a par de vento forte e gelado. Nessa altura só me apetece trancar em casa, acender a lareira e ficar na toca até chegar a Primavera!