25 maio, 2008

Notícias matinais

Hoje é domingo, hora de almoço, o sol lá fora brilha, os passarinhos cantam, as gaiatas brincam e riem, a bicharada dormita, o dia ainda é uma criança e eu já estou deprimida, chateada, de mau-humor!
Tudo porque caí na asneira de começar o meu dia a ler as notícias do país!!!
Quem é que consegue manter um sorriso e boa-disposição com títulos destes????

- Fim da saúde grátis - A economia, o novo Código do Trabalho e a crise social dominaram ontem o primeiro debate entre os quatro candidatos à liderança do PSD, com Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho a defenderem o fim do Serviço Nacional de Saúde (SNS) gratuito para todos.

- Calotes em alta - A crise instalou-se em definitivo. As famílias estão sem dinheiro para pagar os empréstimos, o consumo privado está em queda e actividade económica abrandou para os níveis de 2006. Os números são do Banco de Portugal, que ontem divulgou o indicador coincidente mensal e o boletim estatístico de Março. O crédito de cobrança duvidosa, no segmento do consumo (carros, electrodomésticos e lazer), disparou 44 por cento, para 590 milhões de euros, de Março de 2007 para o mesmo mês deste ano. De Fevereiro para Março o valor dos empréstimos que correm o risco de não ser pagos subiu 21 milhões de euros, a uma média 724 mil euros por dia.

- Revendedores lançam apelo a Cavaco Silva - A Galp subiu este fim-de-semana, pela 18ª vez, o preço dos combustíveis. A Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC) admite fazer um abaixo-assinado a pedir a intervenção do Presidente da República na escalada dos preços. A BP não segue, para já, a subida.

Quem quiser ler estas e outras alegrias, na sua totalidade, é só ir ver o Correio da Manhã (www.correiodamanha.pt)

20 maio, 2008

Aprender...

Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.

Acabas por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo. Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas não se importam... E aceitas que apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobres que se leva anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.

Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser.

Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre os dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática.

Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas que te ajuda a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas do que com quantos aniversários já comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.

Descobres que só porque alguém não te ama da forma que desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás ser em algum momento condenado.

Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar mais... que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor perante a vida!

As nossas dádivas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.


William Shakespeare

12 maio, 2008

Neura

Hoje estou com uma neura desgraçada!!!
É o culminar de vários acontecimentos destes últimos dias... o pagamento do famigerado IMI, a conta da electricidade que foi brutal e vários outros pagamentos que me deixaram a carteira bem mais leve, o acidente do gato Guilherme que além do susto e da revolta também está a contribuir para a bancarrota, é a falta de atenção, de simpatia, de civismo, de compreensão, por parte da vizinhança, de quem está atrás de um balcão a atender público ou por quem toma conta das nossas crianças...
Só me apetece cantar o "ó tempo volta para trás..." afasta-me desta porcaria de terra, desta vizinhança antipática, desta casa que é um poço sem fundo de despesas... Tenho saudades da minha casinha no Montijo, dos meus amigos mesmo ali ao pé, da minha vizinhança educada e simpática, da minha vidinha pacata e simples!!!

Desculpem o mau-feitio e o desabafo...